Pesquisa documental


Pesquisa documental é um método de investigação que envolve usar documentos oficiais ou informais para coletar dados a fim de responder a uma pergunta de pesquisa.

Os tipos de documentos usados para a pesquisa documental incluem palavras escritas que podem ser impressas ou manuscritas, documentos audiovisuais e material em formato digital.

A pesquisa documental adota a coleta e interpretação de dados já existentes e não exige a coleta atual de informações pela investigação.

Exemplos de Pesquisa Documental

Educação : Estudo de relatórios escolares, registros de desempenho acadêmico e documentos institucionais para entender a evolução das políticas educacionais em uma determinada escola ou rede de ensino ao longo de uma década.

Direito: Pesquisa em arquivos judiciais para decisões legais sobre um tema específico, como direitos trabalhistas, e verificar como a legislação foi interpretada em diferentes casos nos últimos 10 anos.

Sociologia: Análise de censos populacionais, registros de nascimento e morte, ou registros de departamentos governamentais para estudar as mudanças demográficas em uma região e suas ramificações sociais no último século.

Administração: Investigação de relatórios financeiros e documentos administrativos de uma empresa para analisar a evolução de sua estratégia de mercado e a gestão de seus recursos nos anos anteriores.

Vantagens e Limitações:

Vantagens: Acesso a fontes históricas, geralmente ricas em detalhes.

O estudo de eventos ou contextos do passado, que não podem ser distribuídos diretamente, pode ser realizado através de documentos como registros históricos, leis, relatórios, etc.

Baixo custo. Como os documentos já estão disponíveis, não é necessário coletar dados de forma direta.

Disponibilidade de grandes volumes de dados, pois documentos já estão organizados em arquivos físicos ou digitais, o que facilita a consulta e a análise de uma grande quantidade de documentos.

Objetividade dos dados. Documentos oficiais e registros tendem a ser objetivos e consistentes, uma vez que geralmente seguem padrões de registro e são criados por indivíduos especializados.

Limitações: Acesso limitado - nem todos os documentos disponíveis em determinado nível estão disponíveis para todas as pessoas, e algumas informações podem ser limitadas por motivos legais, discricionários ou fisicamente inacessíveis.

Incompletude dos dados: muitos documentos não garantem ou capturam todas as informações que podem ser relevantes para um estudo específico, limitando possivelmente a compreensão abrangente do assunto do estudo pelo pesquisador.

Interpretação subjetiva: muitas vezes o pesquisador ao interpretar os documentos, apegam-se ao que eles consideram como uma característica mais importante do estudo, o que pode criar variações no entendimento.

Conclusão

A pesquisa documental é portanto rica e relevante para recolher e analisar dados já existentes, o que pode proporcionar aos pesquisadores uma visão mais profunda de uma série de assuntos.

Neste contexto, é da mais alta importância que os pesquisadores adotem uma abordagem crítica e reflexiva ao usar a pesquisa documental e usem-na juntamente com outras formas de investigação, conforme necessário.

Isso permitirá uma compreensão mais abrangente e fundamentada dos assuntos.

Citações e referências

Gil (2002, p. 45) expõe que: [...] a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa.

GIL, Antonio Carlos. Como classificar as pesquisas? In:______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. cap.4, p. 41-57.

Sobre as vantagens da pesquisa documental Gil (2002, p. 46) argumenta que: Há que se considerar que os documentos constituem fonte rica e estável de dados. Como os documentos subsistem ao longo do tempo, tornam-se a mais importante fonte de dados em qualquer pesquisa de natureza histórica.

GIL, Antonio Carlos. Como classificar as pesquisas? In:______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. cap.4, p. 41-57.